sexta-feira, 29 de março de 2019


Revisitando a postagem de sexta-feira, 30 de março de 2018


APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS EM SALA DE AULA


Para que a escola seja de fato, inclusiva é essencial que ocorram mudanças em suas estruturas físicas, material e de pessoal, em seu projeto político-pedagógico (PPP) e em sua gestão administrativa. O paradigma da inclusão pressupõe uma escola democrática, que respeita o tempo do estudante, que coloca a aprendizagem no centro e que estimula o trabalho colaborativo e participativo. No entanto, que tipo de formação atenderia ao apelo dos professores que se sentem despreparados e desamparados no atendimento dos educandos com deficiência? Quais os saberes necessários para educar a todos? Quais as diretrizes para a formação inicial e a formação continuada na perspectiva da educação inclusiva?
Diversidade é o conjunto de diferenças e semelhanças que nos caracterizam, não apenas as diferenças. Diversos não são os outros que estão em situação de vulnerabilidade, desvantagem ou exclusão. Essa maneira de encarar a diversidade como uma característica de todos nós, e não de alguns de nós, faz toda a diferença quando trabalhamos o tema. Não se trata de incluir os que ficaram do lado de fora porque eles são os diversos. Eles ficaram do lado de fora porque estamos cometendo injustiças, e não porque eles são “desajustados” e os incluídos são os perfeitos.
Como se preparar para a inclusão senão incluindo? Todos devem se  preparar, evidentemente, mas a “perfeição” não pode ser desculpa para não incluir, porque jamais seremos “perfeitos” sem a participação do outro que está do lado de fora. Assim, há muitas formas de discriminar e deixar as coisas como estão. Uma delas é pedir para os excluídos aguardarem na exclusão enquanto buscamos a perfeição dentro de nossas instituições.
Na postagem acima citada, trago minha experiência com uma aluna com Síndrome de Down. Essa aluna saiu em janeiro da escola e foi matriculada em uma escola especial. Considero que todo o trabalho desenvolvido ano passado não valorizado pela família.
Onde foi colocado o respeito à diferença de aprendizagem da aluna?