Na disciplina de alfabetização a tarefa sobre Consciência Fonológica me fez voltar no tempo quando tinha turma de A30, terceiro ano do fundamental, com alunos que ainda não liam, escreviam e nem realizavam contas simples de adição e subtração. Foram quatro anos de trabalho seguindo essa linha de trabalho.
Na escola que estou atualmente,
depois de trabalhar sete anos com turma de progressão, fui convidada a
trabalhar com uma turma A30 que os alunos ainda não estavam alfabetizados.
Pesquisando como alfabetizar alunos pelo som, descobri o método Consciência
Fonológica. Após muito estudar e trocar ideias com a supervisão e orientação,
decidi pedir, na primeira reunião com os pais, que os alunos trouxessem um
pequeno espelho. A cada letra apresentada eram realizadas atividades que
envolvesse a observação do formato (abertura) da boca e o som que saia ao
pronunciar a letra. Os alunos também começaram a observar que o som não era
igual ao “nome” da letra. Para auxiliar
no processo de alfabetização dos alunos, a cada letra apresentada além do som eram
apresentadas rimas ou músicas infantis associadas à letra e junto era realizado
uma dobradura. Durante uma aula os alunos resolveram fazer uma rima para
diferenciar o G do J. A rima era assim:
“O G faz
gggg (som da letra)
O J faz jjjjjjj
(som da letra)
Jiboia eu
escrevo com J
E girassol
eu escrevo com G”.
Os alunos ficavam
cantando essa rima cada vez que saiam de sala. Na realidade eles gritavam.
Outra atividades respeitando a sonoridade eram realizadas no pátio com o
objetivo de agregar o movimento do corpo ao som. Durante este processo partia
da letra dando todo este suporte fonético e depois partíamos para a sílaba,
frase e texto.
Com essa minha
experiência, acredito muito que a Consciência Fonológica contribui muito para a
alfabetização do aluno. O que analiso importante é que o aluno, que já
apresenta um vício de linguagem na sua oralidade, que traz para a escrita,
consegue desfazer quase todos esses vícios trabalhando a sua consciência
fonológica.
Atualmente quando vejo esses alunos em turmas de B30 (sexto do fundamental), em turmas de C10 (sétimo ano do fundamental) penso o quanto pude contribuir para o avanço em sua aprendizagem.
Atualmente quando vejo esses alunos em turmas de B30 (sexto do fundamental), em turmas de C10 (sétimo ano do fundamental) penso o quanto pude contribuir para o avanço em sua aprendizagem.