APRENDENDO COM AS DIFERENÇAS EM SALA DE AULA
“A deficiência é um conceito em
evolução, de caráter multidimensional e o envolvimento da pessoa com
deficiência na vida comunitária depende de a sociedade assumir sua
responsabilidade no processo de inclusão, visto que a deficiência é uma
construção social. Esse novo conceito não se limita ao atributo biológico, pois
se refere à interação entre a pessoa e as barreiras ou os elementos
facilitadores existentes nas atitudes e na provisão de acessibilidade e de
tecnologia assistiva.” (História, conceito e tipos de deficiência. Maior,
Izabel, pag.02).
Será possível explicar
e trabalhar um mesmo conteúdo do mesmo modo com um público tão diverso e com
necessidades tão específicas?
Avalio
que sim, podemos trabalhar a mesma tarefa com os alunos de uma mesma turma que
tenha alunos com NEE. Incluir socialmente e pedagogicamente são ações distintas.
Ao falarmos sobre as questões da educação inclusiva é preciso refletir sobre as
possibilidades de a Escola incluir esses alunos dentro das suas regras de
convivência e de pensar pedagogicamente ações que facilitam o momento de aprendizagem
característica do momento.
Neste
ano de 2018 tenho uma aluna com SD[1] e
outra aluna com PC[2]
que trouxeram um desequilíbrio no meu fazer pedagógico. No inicio precisei
observar e fazer poucas intervenções com as alunas, pois a turma sendo o
primeiro ano do Ensino Fundamental, todas as atividades era voltada para o reconhecimento
e escrita do nome, jogos de integração e atividades com o alfabeto.
Quando
começou um distanciamento na caminhada das alunas em relação aos colegas
precisei buscar novas alternativas de intervenção que ao mesmo tempo tornasse
as atividades prazerosas e lúdicas. Muita massinha para fazer minhoca, bolinha
e picar com a tesoura. Um dia trouxe uma caixa com areia para que a aluna
pudesse sentir quando fosse “escrevendo” seu nome, mas ela ficou com tanto nojo
do contato que embora tenha tentado convence-la a continuar ela se negou a usar
a areia.
Fazer
bolinhas de papel e identificar a letra M como mãe e assim outras tarefas que
foram auxiliando o seu desenvolvimento.
Essas
crianças se sentem felizes por poderem participar da vida, conviver e brincar
com outras crianças, aprenderem juntas com as demais. Isso é perfeitamente
possível, desde que o professor seja orientado em sua tarefa pedagógica.
(Inclusão
na sala de aula: Recursos Pedagógicos, Dinara Rossetto Padilha)
Concordo com Dinara sobre o prazer
do aluno com NEE poder identificar que sua atividade é igual ao do colega. Contudo,
nem sempre é simples afinal todos os
alunos demandam atenção individualizada e trazem muitos desafios com a
facilidade de que, em grande parte dos casos, são situações e problemas com os
quais os professores têm maior familiaridade para lidar. Juntar a essa
realidade a novas “situações-problema”, agravadas pelo fato da falta de
familiarização com as situações e demandas que elas exigem, sem dúvida é motivo
de inquietação para os professores. É comum vermos professores adoecendo
emocionalmente e fisicamente por conta destes conflitos.
Referências:
vídeo Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=MfeLDhy0uwQ
Maior,
Izabel. História, conceito e tipos de deficiência.
Inclusão na sala de
aula: Recursos Pedagógicos, Publicado em 08/11/2014 por Dinara Disponível em: R. Padilha https://pedagogiaseberi.wordpress.com/2014/11/08/inclusao-na-sala-de-aula-recursos-pedagogicos/