LER É COISA DE
CRIANÇA.
Não é novidade, todos sabem,
mas nem todos colocam em prática: ler precisa ser coisa de criança, porque a
leitura é um hábito que, quanto mais cedo se adquire, mais e melhor será
cultivado ao logo da vida.
Ler é a porta de acesso
a conhecimento e a informações, mas para ajuda a criança a interpretar o mundo,
desenvolvendo o senso crítico, tornando-se um cidadão mais consciente e com a
mente aberta às novidades e as inovações do mundo.
Acontece que, como tudo
na vida de uma criança, ler não pode ser obrigação, para que o hábito da
leitura não fique associado a algo chato ou enfadonho. Ler tem que ser
prazeroso, tem que ter muito mais a ver com brincar do que com estudar.
Crianças são muito
engajadas. Quando elas tomam gosto por alguma atividade, empenham-se muito nessa nova atividade.
De
acordo com Freire, 1994, p.12: O aprendizado é em última instância solitário,
embora se desenvolva na convivência com os outros e com o mundo. O mesmo autor
continua dizendo: (...) a decifração da palavra fluía naturalmente da leitura
do mundo particular (...) fui alfabetizado no chão do quintal da minha casa, à
sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo dos meus pais.
O chão foi o quadro-negro; gravetos o meu giz. Por isso, é que ao chegar à
escolinha particular de Eunice Vasconcelos (...) já estava alfabetizado.
“Quem contar uma história deve
conhecê-la considerando o momento, a fase, em que as crianças estão vivendo. Ao
ler uma história, devem-se evitar as descrições imensas e cheias de detalhes,
pois se deve deixar o campo aberto para o imaginário da criança; usar as
possibilidades da voz, falar baixinho quando o personagem fala também; aumentar
a voz quando houver algazarra, enfim, valorizar cada momento da história
transmitindo a emoção que a criança espera”. (A importância da Literatura na
Educação Infantil1 MILIAVACA, Rosangela da Rosa, pág. 07)
Concordo com Rosangela quando ela
fala sobre o quanto é importante que o professor conheça a história antes de
ler para a criança. Conhecendo a história, o professor pode adequar a voz para
cada personagem dando vida e assim envolvendo a criança no mundo imaginário da
literatura.
Mirela
adora quando acontecem os momentos de leitura na sala. Na hora da história,
Mirela sempre fica observando e do seu
jeito repete a palavra que for pronunciada com maior ênfase ou quando alguma
parte for engraçada dá gargalhadas e fica repetindo oralmente, em alguns
momentos usa o corpo para representar a cena, a cena que foi engraçada.
Em um dia, Mirela resolveu pegar um livro e contar uma história para seus colegas que no momento estavam em uma atividade livre.
Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.
Rio de Janeiro. Ed. Paz e Terra..
Disponível em:
A importância da Literatura na Educação
Infantil1 MILIAVACA, Rosangela da Rosa. Disponível em: