sexta-feira, 22 de junho de 2018


TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA


“Para aprender é preciso mexer, é preciso agir, pensar sobre, tentar fazer diferente, estabelecer relações, discutir com outras pessoas que utilizam essa tecnologia, é preciso tentar criar algo e buscar em diferentes tecnologias elementos que ajudem você a concretizar o seu objetivo.” (O trabalho do o professor e o mundo da escola novas tecnologias, pág. 41 da revista Digital)


        O aluno sempre está disponível para usar as tecnologias que estão a sua disposição.
        Na turma na qual trabalho, primeiro ano do Ensino Fundamental, os alunos estão em processo de alfabetização, mas na questão das tecnologias eles estão muito mais alfabetizados do que seus pais. A tecnologia promove aproximação do que se deseja ao que se deve ter.
        Alguns autores consideram que a criança é “nativa”, enquanto nós, adultos, somos “imigrantes”, ou seja, elas compreendem e tem mais facilidade para adquirirem novos conhecimentos e de acompanharem as tecnologias que forem sendo criadas.
       Minha aluna com SD[1] no dia que levei o meu tablete para a sala de aula e, apresentei aos alunos que nele teriam vários jogos que poderiam usar que auxiliariam sua aprendizagem, desejou usá-lo e foi optou pelo jogo das letras.


          A tecnologia e aprendizagem andam juntas, pois, uma completa a outra e a tecnologia traz novidades que fortaleceram a aprendizagem.




[1] SD – Síndrome de Down.



Referência:

O trabalho do o professor e o mundo da escola novas tecnologias, pág. 41 da revista Digital. Disponível em:


quarta-feira, 20 de junho de 2018




“O caminho indicado por Morin é o da visão que se retira do âmbito estreito da disciplina, compreende o contexto e adquire o poder de encontrar a conexão com a existência. É preciso romper com a fragmentação do conhecimento em campos restritos, no interior dos quais se privilegiam determinados teores, e também eliminar a estrutura hierárquica vigente entre as disciplinas. Reformar esta tradição requer um esforço complexo, uma vez que esta mentalidade foi desenvolvida ao longo de inúmeras décadas.” (A educação segundo Edgar Morin)


                Na charge da Mafalda quando olhei para fazer um trabalho de Didática, fiquei considerando o quanto os professores buscam trabalhar com os sentimentos dos seus alunos envolvendo-os na sua prática pedagógica.
             O professor busca trazer as crianças para dentro do contexto conforme a realidade vivenciada por elas. Isso favorece a aprendizagem conforme o enfoque do pensamento de Edgar Morin. Quando a professora escreve no quadro “Minha mãe me ama” ela está trabalhando a escrita e a leitura  envolvendo uma situação de afetividade. Isso traspondo uma situação que gera afetividade e envolve a criança em sua aprendizagem.
Referência:




segunda-feira, 18 de junho de 2018

TRABALHANDO COM A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

            No dia 27 de abril de 2018, minha aluna com SD[1]descobriu que ao colocar sua mão no meu pescoço ela poderia sentir as vibrações quando eu repetia a palavra. Sua atenção quando estava aprendendo as vogais ficou muito centralizada na letra A. Tudo era essa letra para a aluna. Quando apresentava outra vogal ela sempre falava primeiro que era a letra A.




Por considerar que era necessário que a aluna tivesse a possibilidade de escutar outras palavras que iniciassem com as vogais fui apresentando várias imagens diferentes para cada vogal sempre reforçando o som de cada vogal inicial das palavras. Fui buscando palavras que possuíssem imagens e que tivessem significado para a aluna.

A – AVIÃO, ANEL, ÁRVORE, ABACAXI, ÁGUA, ABACATE, ABELHA;
E – ELEFANTE, ESCOVA, ESCADA, ESPELHO, ESMALTE;
I – ÍNDIO, IOIO, IOGURTE;
O – OVO, OLHO, ORELHA, ÔNIBUS, ÓCULOS;
U – UVA, URSO, UNHA.

            Foram usados diversos materiais diferenciados para que a aluna pudesse “sentir” as letras com o seu corpo. Usei uma caixa de areia onde a aluna reproduzia a letra apresentada oralmente visualmente na areia.
Além dessa atividade foi usada a música das vogais onde a aluna e seus colegas usando o corpo reproduziam as vogais. Essa atividade foi realizada com a música do Grupo Trii com a música A E I O U. Ela adorou poder fazer os movimentos e falar o som das vogais.
Outras atividades foram sendo inseridas conforme a caminhada da aluna.

Usando o jogo o som das letras, a aluna tinha que identificar à letra correspondente a gravura apresentada e depois de outra maneira ela deveria identificar à gravura correspondente a letra.




            No texto: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: RELAÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA, concordo com a  seguinte ideia:

 “A outra perspectiva são as situações lúdicas e jogos com palavras que permitem a exploração da dimensão sonora e gráfica. As crianças brincam com as palavras sem que para isso tenham que treinar consciência fonêmica ou famílias silábicas. Os jogos com palavras fazem parte das práticas de leitura e de escrita do dia a dia escolar.

          Quanto mais introduzirmos o lúdico no ato de aprender maior será o significado desse processo para a criança. Conforme fui adaptando as atividades para o nível de compreensão da aluna, pude constatar que ela aprecia e demonstra maior significado quando essas atividades vêm por meio de ações pedagógicas por onde permeia o lúdico.

          Esse trabalho apresentou resultado no dia 20 de junho quando a aluna ao realizar uma atividade de ligar a vogal ao desenho a realizou tranquilamente identificando o desenho e sua letra.








[1] SD – Síndrome de Down.

            



Referência:
Grupo Triii. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=IFm3SRDPZ60
CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: RELAÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA. Disponível em: 







sexta-feira, 8 de junho de 2018


RELATO DE EXPERIÊNCIAS SOBRE LINGUAGEM

Mariângela Mastalir

            Atualmente trabalho como professora alfabetizadora na turma A15[1], com 22 alunos, na EMEF João Antonio Satte situada no Bairro Parque dos Mais / Rubem Berta.
            Este ano após solicitações do ano anterior por parte da supervisão da escola, estou alfabetizando a turma por meio de texto que podem ser: música, parlenda, histórias coletivas produzidas pelos alunos, cantigas de roda, receitas culinárias, lista dos nomes dos colegas, lista de ingredientes e outros.

 Se entendermos que a escrita alfabética é um produto cultural, seguindo as ideias de Vygotsky, os professores, como membros mais experientes da cultura, devem auxiliar os alunos a prestar atenção, analisando e refletindo sobre os pedaços sonoros e escritos das palavras.

            Nesse modelo de alfabetização o aluno vê o texto como um movimento da leitura, mas também aprende sobre como se dá a escrita e descobre as relações que existem entre a escrita e a fala, ou seja, seus conhecimentos se ampliarão. O aluno aprenderá sobre os usos sociais da escrita e os diferentes estilos de organização textual. Pouco a pouco, será capaz de reconhecer que algumas palavras se repetem constantemente nos textos trabalhados. E, em determinado momento o aluno descobrirá que as letras se relacionam com sons e assim o processo estará completo, unindo o texto à letra.
A aprendizagem por meio do texto é muito motivadora ao aluno por que dá a impressão de que ele está chegando ao que interessa: a compreensão de uma mensagem. O texto se torna significativo para a aprendizagem e permite que o aluno compreenda como se dá a leitura e a escrita em sua ordem certa. Todo registro da leitura de todas as atividades deve ser significativa para o aluno. Esse material torna-se elemento de pesquisa e investigação cotidiana pelo aluno que pode e deve usá-lo como material de referência para novas aprendizagens. Como essa aprendizagem se dá por estimulo externo, podemos observar que Vygotsky ao explanava que a aprendizagem é uma atividade social e que se torna mais eficaz quando há colaboração e intercâmbio entre o individuo e o ambiente social. Ao incentivar o aluno com texto já conhecidos, mas apresentados de outra maneira, torna o processo de apreensão da linguagem mais significativa e, por que não dizer também, mais lúdica.
Para Piaget, que fez o estudo das estruturas mentais e suas relações, o aluno compara, classifica e faz deduções sobre as informações apresentadas. Como estamos constantemente entrando em contato com objetos e os passamos a compreendê-los em um processo que envolva assimilação e acomodação precisamos reorganizar nossas estruturas mentais a fim de compreendê-las e assim nos levar a outro patamar de aprendizagem. Sendo assim, estando em contato com algo já conhecido, mas apresentado com outra conotação faz com que o aluno reestruture sua aprendizagem.
Tendo na turma uma aluna com Síndrome de Down inicialmente observava que essa aluna buscava no meu celular as músicas infantis que constantemente colocava para os alunos escutarem, e sempre buscava a música do Sapo que não lava o pé. Então, em função dessa aluna, iniciei o trabalho com essa música e estamos conversando com uma professora de ciências da escola que virá explicar como o sapo vive o que come, onde vive e a sua importância para nossa vida.
Contudo, é importante que esse trabalho assim como os outros considere a faixa etária dos alunos para que a compreensão do tema abordado se torne prazeroso e significativo. Como os alunos não precisam ver um sapo (objeto / real) natural para conversar (imaginário / abstrato) sobre esse animal. O fato de os alunos que poderem contar com a ajuda do professor, se envolve e produz com maior apropriação e de envolvimento com a oralidade. Para os alunos, significa a confiança, a segurança, naquilo que será dito e o momento deles participarem das interações expondo e fazendo argumentações.






Referências:
DIFERENTES TEXTOS E (CON) TEXTOS NA ALFABETIZAÇÃO FLÁVIA FERREIRA DE CASTILHO (UNIGRANRIO), VALÉRIA MONÇAO VASCONCELLOS (UNIGRANRIO), pág. 02.
Disponível em:

PPT Vigotsky, Arquivo.                                                                                                      







[1] A15 - Turma do 1º ano do Ensino Fundamental de 9 anos.

sexta-feira, 1 de junho de 2018



LER É COISA DE CRIANÇA.


Não é novidade, todos sabem, mas nem todos colocam em prática: ler precisa ser coisa de criança, porque a leitura é um hábito que, quanto mais cedo se adquire, mais e melhor será cultivado ao logo da vida.
Ler é a porta de acesso a conhecimento e a informações, mas para ajuda a criança a interpretar o mundo, desenvolvendo o senso crítico, tornando-se um cidadão mais consciente e com a mente aberta às novidades e as inovações do mundo.
Acontece que, como tudo na vida de uma criança, ler não pode ser obrigação, para que o hábito da leitura não fique associado a algo chato ou enfadonho. Ler tem que ser prazeroso, tem que ter muito mais a ver com brincar do que com estudar.
         Crianças são muito engajadas. Quando elas tomam gosto por alguma atividade, empenham-se muito nessa nova atividade.
De acordo com Freire, 1994, p.12: O aprendizado é em última instância solitário, embora se desenvolva na convivência com os outros e com o mundo. O mesmo autor continua dizendo: (...) a decifração da palavra fluía naturalmente da leitura do mundo particular (...) fui alfabetizado no chão do quintal da minha casa, à sombra das mangueiras, com palavras do meu mundo e não do mundo dos meus pais. O chão foi o quadro-negro; gravetos o meu giz. Por isso, é que ao chegar à escolinha particular de Eunice Vasconcelos (...) já estava alfabetizado.

“Quem contar uma história deve conhecê-la considerando o momento, a fase, em que as crianças estão vivendo. Ao ler uma história, devem-se evitar as descrições imensas e cheias de detalhes, pois se deve deixar o campo aberto para o imaginário da criança; usar as possibilidades da voz, falar baixinho quando o personagem fala também; aumentar a voz quando houver algazarra, enfim, valorizar cada momento da história transmitindo a emoção que a criança espera”. (A importância da Literatura na Educação Infantil1 MILIAVACA, Rosangela da Rosa, pág. 07)

            Concordo com Rosangela quando ela fala sobre o quanto é importante que o professor conheça a história antes de ler para a criança. Conhecendo a história, o professor pode adequar a voz para cada personagem dando vida e assim envolvendo a criança no mundo imaginário da literatura.
Mirela adora quando acontecem os momentos de leitura na sala. Na hora da história, Mirela sempre fica observando  e do seu jeito repete a palavra que for pronunciada com maior ênfase ou quando alguma parte for engraçada dá gargalhadas e fica repetindo oralmente, em alguns momentos usa o corpo para representar a cena, a cena que foi engraçada.
 Em um dia, Mirela resolveu pegar um livro e contar uma história para seus colegas que no momento estavam em uma atividade livre.




Referência:
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Ed. Paz e Terra..
Disponível em:
A importância da Literatura na Educação Infantil1 MILIAVACA, Rosangela da Rosa. Disponível em: