sexta-feira, 30 de novembro de 2018


REVISITANDO O BLOG Nº 07



            Voltando ao ano de 2015, visitei a postagem do dia 17 de setembro, quinta-feira,  com o título: Crescer e Perder. O teor dessa postagem era sobre o ser ou o estar triste e mostrar ou não para as outras pessoas.




“Não é a felicidade que me interessa. O que me interessa é a vida, é a intensidade das experiências, boas e ruins. Se tiver que curtir uma dor porque morreu meu pai, ou meu cachorro, ou me separei de alguém que amava, é para chorar mesmo, e chorar é legal, faz parte de sentir a experiência.” -Contardo Calligaris


Por que as pessoas não entendem que não há problema em se sentir triste?
Vejo um movimento em favor da felicidade, do bem estar, de estar sorrindo o tempo todo. Se entrarmos no face ou em outras redes sociais as pessoas postam fotos onde elas demonstram estar muito felizes. É uma motivação nossa querer animar quem a gente gosta quando a pessoa tá pra baixo, como se a gente achasse que estar triste fosse algo penoso que ninguém precisa passar. Eu entendo o lado bom e agradeço, mas me sentir triste faz parte de um processo de renovação que as pessoas não parecem entender. A tristeza faz parte da vida como a felicidade.
Quando a gente se sente triste, a gente mergulha mais um pouco na gente. É como se nós tivéssemos tirado o dia pra ficar em silêncio, observar com olhos pesados às coisas, manter o mínimo de contato possível com os universos paralelos dos outros. É um modo de coexistir no mundo – a gente tá ali, mas não tá, tá afundado na gente, repensando e sentindo tudo com mais intensidade. É um processo necessário esse da tristeza: pra se livrar desse sentimento de pesar, nós precisamos senti-lo até que ele se esgote. Sintam, chorem, botem pra fora tudo. Já disse isso antes e repito: a gente não apaga a tristeza, não extingue a angústia, não exila o peso pra fora da gente porque eles são sentimentos cíclicos. Nós os drenamos, e pra isso a gente precisa sentir tudo, como se fosse uma catarse necessária pra botar pra fora.
Toda, ou pelo menos quase toda a gente deseja a felicidade. Para si e para os outros. Só nos ficam bem esses sentimentos. No entanto, não podemos cair no erro de confundir felicidade com alegria. Pode ser-se extremamente feliz estando triste. Mais há muitas ocasiões em que nos sentimos bastante melhor conosco e com os outros estando tristes. Por vezes muito tristes. E uma coisa é a tristeza e outra a infelicidade ou a depressão, essas sim, a evitar a todo o custo.


Referência:
Pelo direito de ficar triste. Disponível em: http://www.sobreavida.com.br/2012/09/22/pelo-direito-de-ficar-triste/





           







quarta-feira, 28 de novembro de 2018


REVISITANDO O BLOG Nº 06

Revisando o blog em 2015, encontrei a postagem do dia 04 de abril, sábado, https://mariangelamastalir.blogspot.com/2015/04/nao-e-no-silencio-que-os-homens-se.html  encontrei a postagem onde coloquei o seguinte  pensamento de Freire:


“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão.”
”O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educado”.
                                                                                                     
            Considero que sendo no inicio do curso colocar um pensamento de Paulo Freire sem colocar a sua referência foi uma escrita muito pobre e provavelmente foi somente para estar com o blog em dia. Voltando fui pesquisar a referencia de cada pensamento de Paulo Freire.

“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação reflexão.”


”O educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educado”.


Relendo essas frases, considero que como Freire estabeleceu alfabetização como uma ação de vida, porém dentro de uma visão com simplicidade e transparência, acessível ao olhar do trabalhador, condizente com sua realidade e dentro do contexto conhecido desse aprendiz. Seu método mostra que ensinar e aprender são lados de uma mesma moeda e que, portanto não há que se terem hierarquias no aprendizado, mas companheiros.

Freire coloca que ensinar exige ética e estética, segurança na argumentação e competência para que o resultado efetivo desse processo de ensinar e aprender tenha como resultado a intervenção no mundo. Para Freire não basta que se saiba ler e escrever é preciso que se entenda o que se aprende e que a educação seja de real sentido, pois assim haverá alfabetização e letramento.


Referência:

Freire, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p.78 e p. 96.





segunda-feira, 26 de novembro de 2018

REVISITANDO O BLOG Nº 04 - https://mariangelamastalir.blogspot.com/2017/11/


 “Desta maneira, o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa.” (Paulo Freire – Pedagogia do Oprimido).


            Quando planejei essa aula onde os alunos se tornariam educadores e seus pais educandos, não visualizei a dimensão que essa simples proposta teria em relação aos alunos e seus pais. Mas o maior impacto deu-se na escola onde várias colegas, inclusive a supervisão, gostaram tanto que sugeriram de realizar no ano de 2018 com as turmas de A10 [1].
O tempo passou e o ano de 2018 chegou e, surpreendentemente, o que teria surgido como um desejo não posso deixar de citar que a supervisão do 1º ciclo do Ensino Fundamental, não motivou que esse desafio de propor o curso para as turmas de A10.  
Esse trabalho foi motivado no ano anterior em função de uma aluna que entrou na turma no inicio de outubro e para que essa pudesse compreender como usar o quadro posicional com sua nomenclatura. Voltando ao ano de 2018, como na turma há uma aluna SD, considero que esse processo será muito significativo para os alunos e seus pais.
O que talvez mudasse na dinâmica dessa atividade seria trabalhar mais o processo da passagem posicional do número. Os alunos diariamente já trabalham com o quadro posicional, a frase matemática e a representação por meio do material dourado com a quantidade de alunos (meninos/meninas) que estão presentes à aula.



[1] A10 – Nomenclatura usada para definir o primeiro ano do Ensino Fundamental.




terça-feira, 20 de novembro de 2018



                  REVISANDO O BLOG Nº 03

                Visitando meu blog no dia 30 de dezembro de 2016, vi que a minha escrita referente ao Dia da Consciência Negra.


            Este ano por estar trabalhando com a EJA, abordei o assunto por meio de um vídeo de um gaúcho: Oliveira Silveira. Trabalhei com a questão de escravo x cativo; a visão de que a Lei Áurea libertou os escravos, mas os deixou preso a um sistema de dependência e de pouca valia que continua até os dias atuais. Trouxe aos alunos a história das bonecas Abayoni realizando oficinas no turno da noite e no turno da tarde.


Analisando o trabalho desenvolvido em 2016 e o trabalho deste ano pondero que do Dia da Consciência Negra, é o momento é de refletir sobre o preconceito e a desigualdade, em um país onde a população negra é maioria. Considero que o trabalho desenvolvido em 2018 trouxe aos alunos outra visão referente ao racismo e ao preconceito existente no Brasil que muitas pessoas consideram que não existe. Durante os debates realizados em aula com os alunos, discutimos o quanto esses dois tópicos são mascarados por subterfúgio que não evidenciam o racismo e o preconceito.


A grande maioria, do povo brasileiro, é racista e preconceituoso sim!


Em 2003, a Lei Federal nº 10.639 incluiu o Dia Nacional da Consciência Negra no calendário escolar, e tornou obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, públicas e particulares. O  idealizador do Dia Nacional da Consciência Negra foi o poeta, professor e pesquisador gaúcho Oliveira Silveira (1941 – 2009). Ele era um dos fundadores do Grupo Palmares, que reunia militantes e pesquisadores da cultura negra brasileira, em Porto Alegre.


Mas as pessoas ainda precisam rever seus conceitos e a maneira como trabalham esse assunto com seus alunos.







sexta-feira, 2 de novembro de 2018


REVISITANDO O BLOG Nº 05

    Revisando o blog em 2017, encontrei a postagem do dia 19/08/2017 https://mariangelamastalir.blogspot.com/2017/08/encontro-com-escritora-wanda-queiroz-no.html  ,  onde relatei o encontro que tive com a escritora Wanda Queiroz que escreveu o livro O menino dinossauro.. Fiquei refletindo o quanto tentei promover o encontro da escritora com os alunos da A15 desse ano e a dificuldade que enfrentei com a direção da escola, colegas e principalmente com a agenda da escritora.
            No ano de 2018, quando assumi a biblioteca no turno da manhã em função da aposentadoria de uma colega e a licença prolongada de outra colega. Ao assumir a biblioteca pela manhã e a colega que assumiu a biblioteca pela tarde, conversamos com a direção que gostaríamos de remodelar o espaço, pois consideramos que ele não era  atraente pelo olhar das crianças e dos adolescentes.
            Porém o que mais incentivou a mudança no espaço da biblioteca foi à frase do aluno Luiz da turma A32 falou: “Essa biblioteca é morta! Ela não tem vida.” A frase do aluno descreveu a biblioteca e o quanto ela estava desgastada na sua estrutura antiga.
Assim com esse novo olhar da biblioteca, consegui com incentivo da direção trazer a escritora para passar o dia na escola onde ela interagiu com os alunos de A10 até B30. Sendo que nessa última turma, os alunos tiveram uma conversa sobre o ato de escrever e como a escritora descobriu que gostava de escrever.
Magda Soares (1999, p. 20) coloca,
“(...) Já o estado ou condição de quem sabe ler e escrever, isto é, o estado ou condição de quem responde adequadamente às intensas demandas sociais pelo uso amplo e diferenciado da leitura e da escrita, esse fenômeno só recentemente se configurou como uma realidade em nosso contexto social (...)”.

            Foi prazeroso ver os alunos de B30 (entre 13 e 15 anos) ouvindo com muita atenção a fala da escritora. Durante 1h30min. Os alunos, em torno  de 120 alunos, sentados em colchonetes, em cadeiras e em bancos fizeram um extremo silêncio e quando a escritora contou a história do Menino Dinossauro e no final entregou um dinossauro de EVA para cada um dos presente, foi impressionante a expressão de felicidade no rosto dos alunos. Um menino pediu para tirar uma foto com a escritora e na hora a acionou no seu face.


Referência:
 SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. São Paulo: Autêntica 1999.p. 20.