domingo, 30 de junho de 2019


Hoje estou sentada e relembrando todos esses anos de estudos e muitas, muitas, muitas atividades sendo que, algumas foram prazerosas e outras nem tanto.
Quando terminei o estágio considerei uma nova etapa vencida.
Mas agora na etapa TCC, as angústias e dúvidas novamente voltaram.
Etapa da pesquisa como me lembrei dos encontros da interdisciplina de Seminário com todas as tarefas que sempre nos remeteram a pesquisa.
Simone, Betinha, Del Carmem muito obrigada pela infinita paciência e dedicação de vocês nesse grande período de trabalhos e muitos estudos.
Reclamei e muito, muito do blog, mas esse espaço foi meu confidente e o local do nosso ponto de encontro.
Não pretendo encerrar o blog sem deixar o relato da apresentação do TCC e da formatura.
Segue a escrita....



sexta-feira, 21 de junho de 2019


Revisitando o blog em 18 de junho de 2018


TRABALHANDO COM A CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA

            O interesse em compreender a complexidade do processo de aprendizagem da leitura e da escrita, bem como a partir de observações que tenho feito durante a minha trajetória como professora alfabetizadora, impulsionou-me a buscar aprimorar meu entendimento sobre o assunto, visto que temas como consciência fonológica e concepções de língua e de linguagem são premissas fundamentais para um trabalho aprimorado com as competências linguísticas na alfabetização. Trabalhar com a consciência fonológica com uma aluna com SD[1] foi muito importante, pois pude avaliar os passos usados e verificar os pontos positivos e negativos desse trabalho.
            Quando trazemos à criança novas possibilidades de como apoderar-se do mundo letrado, estamos possibilitando que ela crie uma simbiose com o processo. Essa aluna fez no decorrer do ano letivo de 2018 um grande desenvolvimento.
            Desde deste ano, tenho um estagiário de inclusão na sala que acompanhou, e acompanha todo esse trabalho desde 2018. Durante uma conversa ele colocou o quanto seria importante que a faculdade de letras juntasse a teoria com a prática de sala de aula. Ele está conseguindo visualizar como se dá o processo da aquisição da escrita e da leitura por meio desse método por estar trabalhando em uma turma de primeiro ano.
            Trago novamente a mesma ideia do texto: CONSCIÊNCIA FONOLÓGICA E A AQUISIÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: RELAÇÕES E IMPLICAÇÕES PARA A PRÁTICA PEDAGÓGICA
 “A outra perspectiva são as situações lúdicas e jogos com palavras que permitem a exploração da dimensão sonora e gráfica. As crianças brincam com as palavras sem que para isso tenham que treinar consciência fonêmica ou famílias silábicas. Os jogos com palavras fazem parte das práticas de leitura e de escrita do dia a dia escolar.
           
            O lúdico está e sempre deverá estar inserido no trabalho de alfabetização, pois é por meio dele que os alunos vão desenvolvendo suas potencialidades.
            Portanto, a importância da consciência fonológica se insere no fato de preparar a criança para o processo de decodificação da língua por meio do estudo de grafemas, sons, sílabas e palavras, a partir de uma concepção mais dialógica e aberta sempre a novas descobertas e reflexões. Neste sentido, o sucesso dos primeiros passos da leitura e da escrita, depende inclusive, de um determinado nível de consciência fonológica adquirido anteriormente pela criança, seja de maneira formal ou informal e que inicia com a oralidade.




[1] SD – Síndrome de Down.

sexta-feira, 14 de junho de 2019


Revisitando o blog de sexta-feira, 27 de abril de 2018.

             Nessa postagem pude rever o planejamento que estava estruturando em relação a aluna com SD que estava inserida na turma.
            Hoje faça uma reflexão sobre essa postagem e percebo que muito que havia planejado consegui colocar na prática. Inclusive de integrá-la a rotina e as atividades que a turma realizava. Claro que essas atividades eram exploradas de outra maneira conforme a compreensão que a aluna tinha referente ao tema.
Durante o ano de 2018, houve um avanço significativo da aluna em relação a sua aprendizagem.
Na linguagem oral houve um avanço articulação das palavras ficou mais clara. Quando a aluna recebeu o telefone fônico, observou-se que havia uma preocupação em repetir corretamente a articulação da palavra. Observou-se que a relação letra (vogais e algumas consoantes significativas), figura e palavra ampliaram-se. Com isso percebe-se que houve um avanço em seu vocabulário. Está mais falante e já manifesta seus desejos e ansiedades.
Na área logico-matemática que não ocorreu um avanço significativo. A aluna conta e quantifica até o número três embora em alguns momentos ela alterna a sequencia a partir do número dois. Ela sabe diferenciar as palavras no seu significado: em cima /embaixo, perto / longe, aqui / ali, mais / menos, grande / pequeno, demostrando um bom domínio de noção espacial.
A aluna fez uso do caderno com linha e todos os dias a partir de outubro ela passou a registrar a data do dia no caderno. Não é uma simples copia do que tem no quadro, mas é o registro por meio de palitos, bolinhas e outro símbolo que caracterize esse registro. Foi conversado com a professora da SIR, Paloma, o quanto esse registro diário estava sendo significativo para a aluna que inclusive passou a copiar o quadro do registro diário da quantidade de alunos presentes. Além desse registro realizava o traçado das palavras Porto Alegre e já identificava as palavras pela letra inicial.
As atividades desenvolvidas para a aluna sempre foram adaptadas ou preparadas especificamente conforme o objetivo pedagógico do momento da sua aplicação. As tarefas iguais aos colegas sempre tiveram adaptações que respeitassem o seu desenvolvimento cognitivo. Nos momentos em que termina suas atividades tem preferência por manusear livros, jogos envolvendo letras ( principalmente as vogais) e massinha de areia.

sexta-feira, 7 de junho de 2019






Revisitando o blog em  01 de junho de 2018, sexta-feira.


LER É COISA DE CRIANÇA.

Ler é coisa de criança, jovem e adulto. Iniciamos o processo de alfabetização quando pequenos, mas quando Freire (1988) “a leitura de mundo precede a leitura da palavra”, ele está apresentando que a primeira leitura que o individuo faz é a leitura do mundo. Essa leitura vem da experiência que realizamos quando interagimos com o meio e nos transformamos.
Esse movimento é fundamental para podermos compreender o ato de ler, de escrever, transformando-o em prática consciente das possibilidades.
O adulto que não frequentou escola pode não estar alfabetizado na escrita e leitura das palavras, mas ele fez a leitura de mundo e traz em sua bagagem de cognitiva e emocional que, na escola irão gerar novos conhecimentos.






           
             
          Esse vídeo apresenta  que  o ato de não ler acaba se tornando um estigma que marca e delibera situações de baixa estima e de desvalorização do individuo.
          Como o vídeo retrata a situação de crianças e jovens que se encontram em uma situação de refugiado, seus pais pagam do próprio bolso para haja uma escola onde eles aprendam e como uma das mães coloca: “ Estou lutando pelo futuros deles agora.  Eu pago pela escola da minha filha e de seus irmãos mais novos”.











Referência:

FREIRE, Paulo. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se completam,  22 ed. São Paulo: Cortez, 1988. P. 80.

Vídeo.  Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=2id7yNV0VY0