Comentário da postagem do dia sexta-feira,
2 de junho de 2017.
Administrar escolas não é uma
tarefa fácil, e dentro das concepções do autoritarismo, encontra-se então,
traumas antigos em que a sociedade se mostra ainda fragilizada, com medo, sem
liberdade de se expressar e covardemente cedendo lugar às ideologias, por isso,
o controle, o poder aprisionado nas mãos de diretores e superiores ainda é
prática constante. É necessário que o gestor garanta a participação das
comunidades interna e externa, a fim de que assumam o papel de corresponsáveis
na construção de um projeto pedagógico que vise ensino de qualidade para os
sujeitos envolvidos nela, assumindo, primeiramente, sua condição de
professor-educador, e destacando sua posição com clareza e com domínio dos
requisitos que vão lhe possibilitar atuar a partir de critérios pedagógicos.
Nos aspectos legais, pode-se perceber que no
artigo 206 da Constituição Federal Brasileira é determinado, por imposição
legal, a gestão democrática, que tem como finalidade a construção de um
ambiente democrático e participativo no ambiente escolar.
A gestão participativa requer
o gerenciamento da participação de todos os envolvidos no processo educacional,
focando a atuação do gestor como agente de criação desse ambiente. O
entendimento do conceito de gestão já pressupõe, em si, a ideia de
participação, isto é, do trabalho associado de pessoas analisando situações,
decidindo sobre seu acompanhamento e agindo sobre elas em conjunto. Isso porque
o êxito de uma organização depende da ação construtiva conjunta de seus
componentes, pelo trabalho associado, mediante reciprocidade que cria um “todo”
orientado por uma vontade coletiva.
Hoje vista como uma ação de caráter coletivo, o trabalho escolar é
realizado a partir da participação e integração de todos os membros da
comunidade escolar, tanto direta ou indiretamente, reconhecendo e assumindo
responsabilidades na construção e efetivação dos objetivos propostos na
organização escolar e pelo todo da instituição.
(...) é importante que a participação seja
entendida como um processo dinâmico e interativo que vai muito além da tomada
de decisão, uma vez que caracterizado pelo inter apoio na convivência do cotidiano da gestão
educacional, na busca, por seus agentes de superação de suas dificuldades e limitações.
(Luck, 1996, p.31).
A participação de todos nos
diferentes níveis de decisão e nas sucessivas faces de atividades é essencial
para assegurar o eficiente desempenho da organização.
A gestão escolar, enquanto
gestão participativa se entende como um processo de tomada de decisão conjunta,
possibilitando a articulação entre os diversos segmentos da comunidade escolar,
sendo fundamental para sustentar a ação da escola.
“o conceito de gestão participativa (...), parte
do pressuposto de que o êxito de uma organização social depende da mobilização
da ação construtiva conjunta de seus componentes, pelo trabalho associado,
mediante um “todo” orientado por uma vontade coletiva” (Luck,1996, p.23).
Faz-se necessário estar
a par de toda a realidade escolar para que possamos crescer profissionalmente e
pessoalmente sempre trazendo uma proposta que é de valor e responsabilidade
coletiva: a Gestão Democrática no Ensino.
REFERÊNCIA:
LUCK, Heloisa. A Gestão Participativa na Escola. Petrópolis: Vozes, 2006
PARO, Vitor Henrique. Gestão Democrática da escola pública. SP: Ática, 2006.
LIBÃNEO, J. C. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia:
Alternativa, 2001.