TROCANDO
A LETRA
Nessa semana início o trabalho de
troca da letra Bastão pela letra Script.
Durante o mês de março trabalhei,
juntamente com a professora referência, a troca da letra Bastão pela letra
Script. Essa troca deu-se de maneira tranquila e natural. Foi apresentada para
as crianças a letra minúscula.
As letras minúsculas foram colocadas
no quadro ao lado da letra Bastão (A/a, B/b, etc.) e as crianças puderam
visualizar todo o alfabeto com letras maiúsculas e minúsculas. Mas antes de
chegar a este estágio, a turma trabalhou o livro o aniversário do senhor
alfabeta com a professora referência[1]
onde as crianças tiveram o primeiro contato com as letras minúsculas.
A
aprendizagem acontece porque o aluno ama o mundo e por ele cede espaço e tempo
para o professor ensinar. Com essa postura, o aluno abre mão da sua vontade
pela vontade do professor em ensinar. E cabe ao professor orientar o aluno em
direção ao seu objeto de prazer, o conhecimento e, esse deve ser guiado de
maneira lúdica e interessante para que o aluno não perca o interesse em
aprender. E nessa relação, que se caracteriza muito pela afetividade, vão
acontecendo muitas possibilidades que envolvem a aprendizagem afetiva e
cognitiva. Nesse espaço de aprendizagem dinâmico e prazeroso, o aluno transfere
naturalmente ao professor o afeto que ele sente pelos seus pais ou pessoas
próximas.
‘ [...] Deveriam vir carregadas da significação de
sua experiência existencial e não da experiência do educador. “(Freire, p.13).
Se o professor não se apaixonar pelo que está
propondo as crianças, como esperar que esta se apaixonasse por uma ação difícil
e muitas vezes penosa e aproprie-se desse novo conhecimento, porque todo ser humano é curioso e sendo assim, o
aluno com sua curiosidade natural sentes se autorizado a aprender. Logo, Eu,
indivíduo, aprendo quando aquilo que me ensinam é significativo para mim.
Trocar
o estilo de letra para uma criança em processo de alfabetização é o mesmo que
solicitar que um mecânico se aproprie, de um dia para outro, do saber fazer de
uma esteticista. Considero que quanto
mais a aprendizagem for tratada como uma relação de parceria entre os envolvidos
maiores será a apropriação do aluno.
E
baseando-me nesse pensamento o trabalho envolvendo a troca de letra, que para
as crianças é difícil, pois saem da sua zona de conforto e avançam em outra
desconhecida, deve ser o mais natural e ativo possível a fim de que ela possa
sentir-se tranquila nessa nova etapa da sua aprendizagem. Procurando tornar o mais simples
essa passagem de uma letra à outra.
REFERÊNCIA:
Freire, Paulo, 1921 – A importância do ato de ler:
em três artigos que se completam, São Paulo: Autores Associados: Cortez, 1989.
[1]
Professora referência é como chamamos a professora titular da turma.
postado pelo dia 08/4/2016.
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